Compreendendo o Propósito Eterno de Deus: Parte 3 – A Queda

A queda no jardim no Éden causou a separação entre Deus e o homem. Desde o início da criação, Deus manifestou seu desejo profundo de comunhão íntima com a humanidade. Ao formar o homem e a mulher à sua imagem e semelhança, ele os destinou para uma existência plena de harmonia e proximidade divina.

Deus não concebeu o homem para o do pecado, mas sim para a plenitude da vida eterna em sua presença. Por isso ao cria-los, ordenou que o homem e a mulher fossem fecundos, se multiplicassem e dominassem sobre toda a terra. (Gênesis 1:28).

No entanto, a tragédia da queda, personificada nos primeiros seres humanos, Adão e Eva, revela a vulnerabilidade da humanidade diante das artimanhas do mal. Tentados pelo engano sutil do inimigo, cederam à tentação e desviaram-se da vontade de Deus. Este evento lançou a criação em um estado de corrupção. (Gênesis 3:1-7, Romanos 5:12-21).

A liberdade de escolha

É importante reiterar que a decisão de ceder ao pecado ou não está nas mãos do homem. O homem nunca é forçado a pecar. Sempre quando o faz, faz voluntariamente.

Se Eva, quando confrontada pela serpente quanto à proibição divina de comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, tivesse desviado sua atenção da conversa, poderia ter evitado a queda.

Paulo, em sua exortação a Timóteo, alerta para que ele “fugisse das paixões da mocidade” (2 Timóteo 2:22). É uma exortação sobre a importância de buscar coisas que são edificantes e alinhadas com os princípios da fé, em vez de se deixar levar por impulsos e desejos passageiros.

Entretanto, a história segue um curso diferente. Eva, seguida por Adão, optou pelo caminho do pecado, resultando na perda da bênção divina que lhes fora concedida. Ao pecar, tornaram-se escravos, pois aquele que peca se torna escravo do pecado (João 8:34).

Há uma lição poderosa a ser aprendida: embora não possamos evitar que os pássaros voem sobre nós, podemos impedir que construam ninhos sobre nossas cabeças. Isso ressalta a importância da vigilância espiritual e da prontidão para resistir às tentações que surgem em nosso caminho. Ao manter uma postura de firmeza e comprometimento com os princípios divinos, podemos nos proteger contra as armadilhas do mal e preservar nossa comunhão com Deus.

Implicações do pecado na humanidade

O pecado é o gerador das infelicidades e tristezas do homem. O pecado gerou consequências desastrosas para a humanidade.

1. Condenação, sentimento de culpa e medo: Após o primeiro pecado, Adão e Eva sentiram culpa e medo, escondendo-se da presença de Deus no jardim (Gênesis 3:8-10).

2. Quebra do Relacionamento com Deus: A queda rompeu a comunhão perfeita que antes desfrutavam (Gênesis 3:8).

3. Conflitos no Lar: Quando Deus os confrontou sobre o que haviam feito, Adão atribuiu a culpa a Eva. (Gênesis 3:12).

4. A terra tornou-se maldita: Deus anuncia-lhe a fadiga no trabalhar e amaldiçoa o solo. “A terra será maldita por tua causa” (Gênesis 3:17)

5. Enfermidades, angústias e sofrimentos: A queda também desencadeou uma série de aflições físicas e emocionais. (Deuteronômio 28:58-61, João 5:14).

6. Desproteção: O pecado deixou o homem vulnerável às influências do inimigo. (Isaías 59:2, Mateus 12:43-45).

Estes são apenas alguns exemplos do que o pecado produz na vida do homem. Elas destacam a necessidade de redenção e restauração da humanidade.

Deus, sendo rico em misericórdia, encontrou um meio para restaurar o homem para retornar ao seu propósito eterno, pois Deus é amor (1 João 4:8). Apesar da desgraça que o homem se encontra, existe uma saída, pois Deus na pessoa de Jesus veio para dar vida ao homem, e vida em abundância (João 10:10).

É somente por meio da obra redentora de Cristo que a humanidade pode encontrar perdão, libertação e renovação, restaurando assim a comunhão perdida com Deus e oferecendo esperança para um futuro reconciliado e restaurado.

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