Compreendendo o Propósito Eterno de Deus: Parte 6 – As Conquistas de Jesus na Cruz

A cruz de Cristo é o ponto chave da história da redenção, onde Jesus realizou uma série de conquistas. Deus anseia pela salvação de todos os seres humanos e por seu pleno conhecimento da verdade. Por meio de seu amor pela humanidade, ele enviou seu filho como resgate por todos.

Em um ato de amor e redenção, ele enviou seu filho unigênito como o resgate definitivo para todos os que creem. É através desse sacrifício que Jesus Cristo se estabeleceu como o único mediador entre Deus e a humanidade (1 Timóteo 2:4-6).

O cristianismo se distingue por sua ênfase na cruz como o ponto central da redenção humana, resolvendo de forma definitiva o dilema do pecado. Portanto, sem sombra de dúvida, podemos afirmar que o evento mais importante e a doutrina central do Novo Testamento se resumem nestas palavras: “Cristo morreu por nossos pecados” (1 Coríntios 15:3).

A obra realizada por Cristo na cruz fez com que todas as coisas, quer sobre a terra, quer nos céus, fossem convergidas a Cristo e reconciliadas com Deus, a fim de que Cristo seja tudo em todos (CoIossenses 3:11).

Além disso, a consumação final dessa obra será evidenciada quando todas as coisas estiverem sujeitas a ele, e então o próprio filho se submeterá àquele que sujeitou todas as coisas a ele, para que Deus seja tudo em todos (1 Coríntios 15:28).

As conquistas de Jesus na Cruz

Na crucificação, Jesus assegurou a salvação para todos os que depositam fé nele. Essa vitória não veio sem sofrimento; Jesus enfrentou grandes aflições, mas, ao final, se sobressaiu triunfante. Devido ao êxito de Jesus, temos acesso direto a Deus e descobrimos o propósito genuíno da existência. Algumas das principais conquistas de Jesus na Cruz:

1. Perdão dos pecados

Por meio de sua obra expiatória na cruz, Jesus Cristo realizou o pagamento da dívida que nós, por nossos próprios meios, éramos incapazes de quitar, assegurando assim a remissão de nossos pecados passados. Este ato redentor não apenas proporcionou o perdão de nossos pecados, mas também resultou na promessa divina de que Deus não mais se lembraria de nossas transgressões, pois ele as esqueceu para sempre (Hebreus 8:12).

2. Livramento do pecado

Em Romanos o apóstolo Paulo nos afirma que o crente é liberto não apenas da culpa dos pecados, mas também do poder do pecado. Paulo declara que o pecado não mais tem autoridade sobre nós, pois não estamos mais subjugados a ele como escravos. Reconhecemos que estamos mortos para o pecado e vivemos para Deus. Agora o pecado não mais domina nossos corpos, de forma que não cedemos às suas paixões e não oferecemos nossos corpos como instrumentos de iniquidade.

3. Libertos da morte e do inferno

Quando o filho pródigo retornou para casa, seu pai exclamou: “Este meu filho estava morto e reviveu”, significando que ele estava afastado e separado de seu pai, mas agora havia retornado. A morte, como consequência do pecado, implica em uma separação total e eterna de Deus. A morte física é apenas um reflexo da morte espiritual. Do poder da morte eterna fomos libertos quando Jesus, antes de expirar, disse: “Deus meu, por que me desamparaste?”.

Até aquele momento, Jesus e o Pai eram um (João 10:30), porém essas palavras expressam a separação divina, a ruptura da comunhão com o Pai, quando Jesus se tornou pecado por nós, consumando a obra. Ainda estamos sujeitos à morte física, porém Jesus afirmou que “todo aquele que vive e crê em mim nunca morrerá” (João 11:26), confirmando que não estamos mais sujeitos à morte eterna, afastados de nosso Pai.

4. Cura de doenças e enfermidades

Doenças e enfermidades são consequências da existência de pecado no mundo. Embora não necessariamente sejam resultado direto de nossos próprios pecados, elas surgem como consequência da iniquidade. No estado original do Paraíso, não existiam doenças, e a promessa celestial é a ausência de dores e pranto (Apocalipse 21:4).

Quando Jesus foi crucificado, ele não apenas expiou o pecado, mas também anulou todas as suas consequências, incluindo as doenças e enfermidades. Portanto, mediante a morte de Jesus, podemos ser curados das enfermidades.

5. Vida prospera

A Bíblia declara que aquele que encobre sua transgressão não prosperará, implicando que quem persiste no pecado não terá sucesso em seus empreendimentos. Porém, aquele que confessa e abandona o pecado receberá as bênçãos de Deus (Provérbios 28:13). O pecado nos sujeita à condenação e dá ao inimigo o direito de nos destruir. Por outro lado, sem pecado, desfrutamos de livre acesso diante de Deus e, como seus filhos, somos ricamente abençoados por ele.

6. Paz

O pecado tem o poder de nos sobrecarregar com o peso da culpa, o que consequentemente nos priva da paz interior. No entanto, mediante o perdão concedido por Jesus, somos libertos desse fardo em nossas consciências, recebendo em troca a paz que excede todo entendimento. Agora, como beneficiários desse perdão, somos capacitados a perdoar aqueles que nos magoaram, liberando-nos do jugo dos ressentimentos e das mágoas que antes nos aprisionavam.

7. Eternidade

Quando Jesus morreu, ele assegurou a vida eterna para a humanidade. Esse ato significa que desfrutaremos da eternidade em comunhão perfeita com Deus, onde contemplaremos sua face (Apocalipse 22:4).

Jesus realizou todas essas conquistas através de sua morte na cruz para trazer redenção e transformação às vidas humanas. Seu amor incondicional estende-se a cada pessoa, e seu desejo é fazer parte da sua vida.

No entanto, somente ao rendermos nossas vidas a ele, permitindo que ele nos guie e nos transforme, podemos verdadeiramente tomar posse das conquistas que Jesus obteve por nós na cruz.

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