“Veio a palavra do Senhor a Jonas, filho de Amitai, dizendo: Dispõe-te, vai à grande cidade de Nínive e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até mim”.
No primeiro capítulo de seu livro, somos apresentados a uma narrativa sobre a missão divina dada a Jonas e sua resposta inusitada. Deus ordenou a Jonas que fosse até Nínive, a capital do Império Assírio, e proclamasse uma mensagem de arrependimento aos seus habitantes. No entanto, em vez de obedecer, Jonas escolheu desobedecer, embarcou em um navio e fugiu na direção oposta.
Mas porque Jonas desobedeceu e fugiu?
Uma das explicações dessa tentativa de fuga do profeta Jonas, é a que ele fala no seu livro. “E orou ao Senhor, e disse: Ah! Senhor! Não foi esta minha palavra, estando ainda na minha terra? Por isso é que me preveni, fugindo para Társis, pois sabia que és Deus compassivo e misericordioso, longânimo e grande em benignidade, e que te arrependes do mal” (4:2).
Ele temia que, se pregasse o arrependimento aos assírios e estes se convertessem, Deus perdoaria Nínive em vez de puni-la, o que era contrário aos seus desejos.
Nínive, fundada por Ninrode logo após o dilúvio, ascendeu ao poder como a capital do império Assírio por volta de 900 a.C. Sua reputação de crueldade e opressão era bem conhecida, e Jonas provavelmente via a nação assíria como uma ameaça ao seu próprio povo de Israel.
Temendo as consequências da obediência a Deus, Jonas preferiu fugir para Társis, buscando evitar o confronto com a tarefa difícil e desconfortável de pregar a uma cidade que ele considerava inimiga.
Por trás da fuga de Jonas havia um conflito. Ele sabia que, se Nínive acatasse o aviso divino e se arrependesse, Deus poderia poupar a cidade, prolongando sua existência como uma poderosa ameaça ao povo de Israel. Esse dilema impulsionou Jonas a tomar uma decisão que, a princípio, pareceu mais fácil do que enfrentar as implicações de seu chamado profético.
Após a fuga de Jonas, Deus concedeu-lhe uma segunda oportunidade para cumprir sua missão de pregar em Nínive. Ele proclamou a mensagem divina de juízo iminente sobre a cidade. Deus então reconsiderou sua decisão de destruir a cidade. Ele perdoou o povo de Nínive e retirou a ameaça de julgamento que havia sobre eles.
Qual lição podemos aprender com Jonas
A história de Jonas nos lembra da importância da obediência e da disposição para aceitar a vontade de Deus, mesmo quando ela nos leva a lugares desconfortáveis e desafiadores. Além disso, ela destaca o poder transformador do arrependimento genuíno e a misericórdia de Deus, que estende-se a todos aqueles que se voltam para ele em humildade e contrição.