“Ponha também o Urim e o Tumim no peitoral das decisões, para que estejam sobre o coração de Arão sempre que ele entrar na presença do Senhor. Assim, Arão levará sempre sobre o coração, na presença do Senhor, os meios para tomar decisões em Israel”. (Êxodo 28:30)
Urim e Tumim eram pedras utilizadas na cultura judaica, especificamente no contexto sacerdotal de Arão, para auxiliar na tomada de decisões. Essas pedras representavam uma das formas pelas quais o povo de Israel consultava a vontade de Deus. A Bíblia refere-se a essa prática como “lançar sortes perante o Senhor”. No entanto, Jesus não replicou essa prática na cultura cristã.
Na época do Antigo Testamento, o Espírito Santo não se manifestou de maneira abundante sobre todas as pessoas, e a presença de Deus não habitava em todos os indivíduos. Moisés, por outro lado, tinha um acesso direto e constante para falar e ouvir a Deus. Entretanto, essa fluidez de comunicação não era comum para a linhagem sacerdotal. Muitas vezes dependiam de mecanismos específicos da lei de Moisés para se conectar com o divino.
Além de Êxodo 28:30, a Bíblia menciona o Urim em Números 27:21, quando Moisés está prestes a passar a liderança de Israel para Josué. Deus instrui Moisés sobre como Josué deve ser comissionado na liderança do povo. Um dos métodos para garantir que Josué siga a vontade de Deus é através do Urim.
Assim, o uso do Urim e Tumim facilitava a comunicação com Deus, especialmente em questões de grande importância e decisão. No cristianismo, por outro lado, não há uma prática semelhante, pois através do sacrifício de Jesus e da vinda do Espírito Santo, todos nós temos livre acesso à presença de Deus e podemos nos comunicar diretamente com Ele.