“E eis que gritaram: Que temos nós contigo, ó Filho de Deus! Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo? Ora, andava pastando, não longe deles, uma grande manada de porcos. Então, os demônios lhe rogavam: Se nos expeles, manda-nos para a manada de porcos”. (Mateus 8:29-31)
Os espíritos malignos mencionados em Mateus 8:29-31 estavam se referindo ao tempo em que Jesus os venceria definitivamente. É notório que as hierarquias das trevas estavam cientes da importância de Jesus e do que Ele representava. Além disso, eles sabiam que a existência terrena de Jesus cumpria as profecias e antecipava a derrota do mal.
Essa compreensão se reflete nas várias tentativas de satanás de dissuadir Jesus de Seu propósito, como visto na tentação no deserto (Mateus 4:1-11). Em outros momentos, também observamos Jesus ordenando aos espíritos malignos que não revelassem Sua identidade como o Cristo (Marcos 1:34).
A rejeição de Jesus pelo povo local, após a libertação do homem possuído, é diversificada. Quando Jesus chegou àquela região, desencadeou um alvoroço espiritual, uma verdadeira guerra espiritual. A expulsão dos espíritos não apenas libertou o homem, mas também resultou em prejuízo financeiro para os donos dos porcos, pois os espíritos malignos fizeram com que os animais se lançassem no mar e se afogassem.
A reação dos habitantes, pedindo que Jesus deixasse a região, revela um coração mais voltado para o lucro financeiro do que para a libertação e salvação de um homem atormentado. Isso revela uma profunda lição sobre a necessidade de colocar a libertação e o amor divino acima das preocupações materiais.
A história ressalta o contraste entre os valores terrenos e os valores espirituais. Enquanto Jesus trouxe libertação e esperança, a perda material levou os habitantes a preferirem que Ele se afastasse.